Marcos é um gay em São Francisco, um negro na África do Sul, um asiático na Europa, um anarquista na Espanha, um palestino em Israel, um judeu na Alemanha, um comunista no pé da guerra fria, um artista sem galeria nem portfólio, um pacifista na Bósnia, uma dona de casa só num sábado à noite em qualquer parte do mundo, um repórter escrevendo histórias que enchem as páginas negras, uma mãe solteira no metrô às dez da noite, um camponês sem terra, um trabalhador desempregado, um estudante fracassado, um escritor sem livros nem leitores, e, sobretudo, um zapatista nas montanhas do México. Assim é Marcos, tão humano como qualquer outro neste mundo. Marcos é todas as pessoas exploradas, marginalizadas, excluídas, as minorias oprimidas, resistindo e dizendo: Basta!!